Thursday, March 22, 2007

Brasil - dos Tupi Guarani ao Lula em 2 minutos

Ainda extenso, está aqui o melhor resumo da História do Brasil que já encontrei, retirado do site http://www.ibge.gov.br/paisesat/ - A propósito este site está bom de se visitar, para um update da nossa cultura do mundo!
(e andávamos nós este tempo todo a pensar que o Brasil tinha sido descoberto pelo Pedro Álvares Cabral quando afinal foi o Pedro Gouveia... :))

BRASIL - Maior país da América do Sul, com vasta área de litoral banhada pelo Atlântico. O topônimo Brasil tem sua origem muito discutida, embora boa parte das explicações se refiram ao pau-brasil daqui extraído. Para alguns filólogos, vem do tupi ibira-ciri, "pau eriçado". Os europeus, ao ouvirem este nome dado pelos indígenas à madeira de coloração avermelhada, chamaram-na de "Brasil".
As extensas porções de terras que hoje constituem o país, foram habitadas por tribos que pertenciam ao tronco tupi-guarani, caribe e arawak. Para todos os efeitos, a frota chefiada pelo fidalgo português Pedro Álvares de Gouveia (ele só adquiriria o sobrenome Cabral com o falecimento de seu irmão primogênito, João Fernandes, em 1515) foi oficialmente a primeira a chegar às terras que hoje fazem parte do Brasil. Sabe-se, portanto, que outros europeus aqui aportaram antes de Pedro Álvares, mas não puderam tomar posse, nem sequer anunciar a descoberta por conta do Tratado de Tordesilhas. A colonização do país se inicia com Martim Afonso de Souza, em 1532. Antes disso, as novas terras só serviam à Coroa como entreposto na linha comercial Lisboa-Índia e para extração de pau-brasil. Em 1540, Portugal resolve terceirizar a colonização do Brasil, repartindo as terras em capitanias hereditárias a serem entregue a fidalgos que deveriam explorá-las e fazê-las se desenvolver. O modelo não alcança os resultados necessários, mesmo com a presença de representantes da Coroa, os governadores-gerais. Das capitanias, somente São Vicente e Pernambuco almejam bons resultados econômicos, especialmente a segunda, que desenvolve latifúndios produtores de cana-de-açúcar produtivos. A França e, posteriormente, a Holanda resolvem tirar um quinhão das novas terras descobertas ao sul do Equador. Franceses tentam estabelecer colonização no Rio de Janeiro e no Maranhão. Holandeses tentam incursões na Bahia e em Pernambuco, onde conseguem se assentar por algum tempo. Os portugueses conseguem expulsar os estrangeiros invasores, retomando as possessões que estavam sob o seu domínio. Ao longo dos Séculos XVII e XVIII, expedições chamadas Entradas e Bandeiras vão expandindo para oeste as terras da Colônia, conquistando espaços que estavam na parte espanhola do Tratado de Tordesilhas. Foi estabelecido um fluxo de mão-de-obra escrava inicialmente índia e, como não deu certo, posteriormente negra africana para as plantações brasileiras e para a procura e extração de metais preciosos. No Século XVIII, já havia um razoável núcleo urbano em várias regiões do Brasil, a ponto de fazer germinar idéias separatistas, como ocorreu em Vila Rica, com a Conjuração Mineira, prontamente rechaçada pelo governo português. No início do Século XIX, um fato seria determinante para o futuro da colônia. Napoleão invade Portugal, no seu esforço de estrangular comercialmente a Inglaterra e isso acarreta na fuga da Família Real portuguesa, incluindo a Rainha Maria I, e seu filho, o Príncipe Regente D. João, que governava Portugal desde 1792, por conta dos problemas mentais de sua mãe. Eles chegam a Salvador, em 1807, e de lá seguem para a capital da colônia, o Rio de Janeiro, onde se estabelecem a partir de 1808. Aqui, D. João abre os portos brasileiros às nações amigas, eleva o Brasil à condição de Reino Unido e cria uma infra-estrutura básica na colônia. Com isso, o porto do Rio de Janeiro, que era o mais importante do país, se expande, dinamizando a economia, atraindo mais pessoas para a Corte. Aqui, a rainha D. Maria I, dita, a Louca, morre, em 1816 e D. João é aclamado como novo rei de Portugal e Brasil, embora tendo que retornar à Lisboa, em 1821. As cortes portuguesas querem fazer o Brasil voltar à condição de colônia, com monopólio comercial, o que não interessava mais aos brasileiros. Em 1822, Portugal pressiona o príncipe regente D. Pedro e ele, insuflado por José Bonifácio, pela princesa Leopoldina e por outras pessoas de influência na Corte, resolve declarar o Brasil independente de Portugal. Isso se deu em 7 de setembro de 1822, na província de São Paulo, às margens do riacho Ipiranga. O Brasil independente se transforma em um império, com D. Pedro I assumindo a chefia do governo. A primeira constituição foi outorgada em 1824, e a fase do Primeiro Reinado transcorre em meio a muitas crises políticas. Em 1831, o imperador Pedro I abdica em prol de seu filho e segue para Portugal. A década de 30 foi das mais agitadas na vida política brasileira. O país passa a ser governado por regentes provisórios, até que o infante D. Pedro adquira idade para assumir o trono. Em 1840, antecipam a maioridade do príncipe e ele assume como imperador Pedro II. Por quase 50 anos ele governaria o país, consolidaria a unidade nacional brasileira - um grande feito, por sinal - e, mesmo enfrentando crises políticas e revoltas civis nas províncias, manteria o país coeso e com um produto agrícola de forte penetração internacional: o café.
A lavoura cafeeira, ao tempo do Império, era totalmente assentada na mão-de-obra escrava negra. Enormes latifúndios cafeeiros davam sustentação econômica ao país. Em 1865, o Brasil, unido à Argentina e ao Uruguai, declara guerra ao Paraguai e é vencedor do conflito, em 1870. A partir desta década, começam a surgir as primeiras leis que levariam à abolição do cativeiro. Em 1871, com a chamada primeira Lei Áurea, mais conhecida como Lei do Vente Livre, que libertava todos os filhos de escravos; em 1885, com a Lei Saraiva-Cotegipe, ou dos Sexagenários, que libertava escravos com mais de 60 anos; finalmente com a definitiva Lei áurea, de 13 de maio de 1888, que extinguia a escravidão no país.
No ano seguinte, a monarquia chegava ao fim, com o golpe militar que proclamou a República. Começou o ciclo de presidentes, a partir do proclamador Deodoro da Fonseca. Este período, que passaria à História como a Velha República, se caracterizou por várias crises políticas. Somente um presidente, Campos Sales, não decretou estado de sítio em seu governo. Em 1930, uma revolta chefiada por Getúlio Vargas toma o poder e mantém o seu líder por 15 anos na chefia de governo. Após a II Guerra, ventos liberalizantes chegam ao Brasil e destituem Vargas. Dutra é eleito, mas Getúlio retorna, pelas urnas à presidência e de lá só sai morto, após suicidar-se em meio a um grave crise política, em agosto de 1954. Dez anos depois, nova crise, culminando com o golpe militar em 1o de abril de 1964, que mergulhou o Brasil em um período de ditadura até 1985.
Com a redemocratização, uma nova Constituição foi votada pelo Congresso, em 1988. Atualmente, o Brasil é governado pelo presidente Luiz Ignácio Lula da Silva.

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

demorou mais de dois minutos, menina!

1:37 PM  
Blogger ÁguaDiCoco said...

esqueci-me de dizer...2 minutos era só o sublinhado :D

12:47 PM  

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